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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Os protestantes paganizaram a Páscoa


A tradição do Coelho da Páscoa foi documentada pela primeira vez, de acordo com fontes históricas, por Georg Frank von Frankenau, médico e botânico alemão, que escreveu sobre os riscos do consumo excessivo de ovos, pois era muito comum o consumo de ovos na época da Páscoa.
De acordo com os escritos desse médico alemão no seu livro “Sobre Ovos de Páscoa”, havia uma tradição na região de Alácia, região a leste da França, sobre uma lebre que trazia ovos enfeitados na Páscoa.
Durante a época do advento, precedente à Páscoa, na Alemanha, assim como em todos os países que haviam católicos, jejuns e abstinências de carnes, ovos, principalmente. Por conta disso que, durante a quaresma os ovos eram enfeitados e comidos no dia da Páscoa, quebrando a abstinência de ovos.
A origem da tradição de se pintar ovos para a páscoa é desconhecida, muito embora possamos especular o seu simbolismo da vida em potencial onde há uma aparência de morte, da espera pela vida nova após a ressurreição, o sepulcro de Cristo, etc.
No entanto, havia um interesse de os povos da Europa Central, principalmente para os povos germânicos, filhos da Reforma, de se manter algumas tradições católicas, sem, no entanto, manter a mesma simbologia, abolindo, por exemplo, os jejuns e abstinência de ovos que os católicos faziam. Esses motivos, provavelmente, foram suficientes para a adoção da lebre francesa como símbolo da páscoa e o costume dos ovos coloridos como uma atividade lúdica para as crianças e não com o conteúdo religioso católico.
O coelho, para o católico, representava o homem frágil, buscando refúgio na rocha que é Cristo, por conta do hábito de o coelho se esconder entre as pedras.
O coelho, ao mesmo tempo com o seu sucesso reprodutivo que espalhava suas ninhadas por toda a parte, porque é um animal muito fecundo, é muito frágil, assustado e sempre busca o refúgio ao menor sinal de perigo. Uma metáfora ao comportamento do ser humano, cristão, que caminha no mundo de maneira frágil, buscando refúgio em Cristo e, mesmo com essa fragilidade, sempre foi dotado de um sucesso muito grande no anúncio do Evangelho e na conversão de muitos povos.

Elementos de paganismo na Páscoa
O coelho, desde a antiguidade, é tido como representação do nascimento para uma nova vida, e notável pela sua capacidade reprodutiva, gerando grandes ninhadas em pouco tempo e pelo fato de chegar à maturidade sexual em poucos meses de vida.
A páscoa que se celebra bem no início da primavera para os povos do hemisfério norte, também tem no coelho um símbolo da nova vida que brota, juntamente com os primeiros brotos das árvores.
Havia na cultura pagã da Europa, uma deusa mitológica chamada Ēostre, ou Ôstara, bem na época da Páscoa sendo que essa deusa pagã representava o raiar de um novo tempo, a primavera. Do seu nome deriva a palavra Páscoa para idiomas dos países protestantes, como Easter em inglês e Ostern em Alemão.
Essa divindade encontra a raiz de seu nome na palavra Austrō, que significaria “brilhar”. Na verdade essa deusa do amanhecer representaria algo bem próximo da deusa titã “Eos” ou de “Aurora” para a mitologia romana, ou ainda Ushas para os hindus.
Essa prática de se misturar elementos pagãos dentro do contexto das festas cristãs sempre foi um hábito dos países protestantes, também fazendo semelhante mistura com Papai Noel para apagar a imagem do São Nicolau católico, inclusive acrescentando duendes e outras figuras mitológicas pagãs da Europa pré-cristã.
Mais uma vez, traçando bem as diferenças dos costumes católicos e protestantes:
Os católicos jejuavam e abstinham-se de ovos durante toda a quaresma; enfeitavam ovos de aves, principalmente de galinhas, nas vésperas da Páscoa como sinal de uma expectativa da ressurreição de Cristo e, por que não, expectativa para se sair da abstinência, fazer do ato de comer um ovo uma atividade especial.
Os protestantes adotaram elementos da cultura pagã, vinculando o nome da deusa pagã Ēostre à Páscoa, adotando mais amplamente a figura do coelho de páscoa como símbolo da data; procurava manter a tradição dos ovos coloridos sem as tradições dos jejuns e abstinências católicas; acabaram fundindo as imagens de Pai Natal (Noël é Natal em francês) e a do coelho da Páscoa, uma vez que Pai Natal também é criação protestante.

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