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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Por que os cristãos guardam o domingo e não o sábado

Depois de um debate intransigente com uma protestante, provavelmente uma adventista de sétimo dia, não há como dar  a resposta de melhor forma que não por um novo tópico no blog.

A acusação que pende sobre a Igreja Católica Apostólica Romana, a Igreja que não muda ao sabor dos ventos como fazem os protestantes, que agora estão aceitando até uniões homossexuais, casa e descasa, aborto, dentre outras práticas abomináveis que clamam aos céus por justiça é de que ela teria aceitado como que um sincretismo com o paganismo romano. Esta postagem vai versar sobre um aspecto desse suposto sincretismo: o domingo.

Por que o domingo substituiu o sábado como dia santo de guarda? Em primeiro lugar, o domingo não é considerado o primeiro dia da semana, mas o oitavo dia, o dia da nova criação. No primeiro dia Deus criou a luz, no oitavo dia a Luz (Cristo) recriou o mundo. A Epístola de Barnabás fala que “Guardamos o oitavo dia com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos”. Essa epístola é do Século I, provavelmente do ano 74.

A Carta de Inácio de Antioquia aos Magnésios, cuja leitura eu fiz hoje quando eu rezava as Laudes, passando por cima da memória de Maria Madalena, fala o seguinte:

Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o Sábado, mas sim o dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte

Também Justino que foi martirizado no ano de 165 falou o seguinte no seu volume intitulado “Apologia”:

Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos

Também a Didaqué fala:

Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos

Evidente que os protestantes, ao verem tantas provas e de tão qualificada credibilidade, falarão que esses escritos não são canônicos, não estão na bíblia, que é para provar na bíblia. Eu não sou fundamentalista feito você e eu não preciso provar na bíblia para provar o quanto você, os teólogos, inclusive alguns católicos, que seguem essa linha estão errados. Não houve mudança do sábado para o domingo por causa da tradição pagã, mas porque foi o dia em que Cristo ressuscitou e assim manda a legítima tradição apostólica, até porque o próprio Paulo se reunia aos domingos para celebrar a Eucaristia (At 20,7).

Não são canônicos, não fazem parte da bíblia? Não. E daí? Você pode negar a canonicidade desses escritos. Eu mesmo nego a canonicidade deles, porque não fazem parte nem da minha bíblia também. Uma coisa é negar sua canonicidade, outra coisa é negar sua existência.


Se você não concorda com os escritos, não concordamos com você, então fica do mesmo tamanho, você discordando daí e eu discordando daqui, mas não guardamos o domingo por causa do paganismo romano, mas por causa desses escritos, dentre tantos outros, por mais que você não concorde com isso.

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