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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Irmão de senador capixaba no meio da corrupção no Ministério dos Transportes

O principal jornal de Brasília pública nesta terça-feira (12) matéria que mostra a fatia do senador Magno Malta no Ministério dos Transportes


O principal jornal de Brasília pública nesta terça-feira (12) uma matéria que mostra a fatia do senador Magno Malta no Ministério dos Transportes. O texto só omite outro cargo que o clã Malta ocupa no Espírito Santo, a direção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com Ralph Luigi, que substituiu o polêmico Élio Bahia.

Leia a matéria:

O deputado federal Valdemar Costa Neto (SP) não é o único parlamentar do PR com forte influência nas instâncias de decisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia com orçamento anual de R$ 14,6 bilhões e foco de denúncias de corrupção que derrubaram a cúpula do Ministério dos Transportes.

O senador Magno Malta (PR-ES) emplacou na sede do Dnit em Brasília - mais especificamente no quarto andar, onde fica a diretoria-geral do órgão - seu irmão Mauricio Pereira Malta na chefia da assessoria parlamentar da autarquia.

O parlamentar também indicou o titular da Diretoria de Infraestrutura Ferroviária (DIF), o delegado aposentado Geraldo Lourenço de Souza Neto. O Correio apurou que a DIF é uma área de influência de Malta. No fim de 2009, conforme dados disponibilizados pelo Dnit em seu site, estavam em vigência contratos para obras ferroviárias no valor de R$ 258,9 milhões, todos no âmbito da DIF.

Na relação dos integrantes da diretoria-geral, o nome do irmão de Magno Malta é o quarto no organograma, atrás apenas do diretor-geral afastado, Luiz Antonio Pagot, da chefe de gabinete e do assessor do diretor. A nomeação de Maurício Malta para um cargo comissionado no Dnit foi publicada no Diário Oficial da União em 10 de setembro de 2007. Em 2 de outubro do mesmo ano, o Senado concluiu a votação e aprovou a indicação de Luiz Pagot para a diretoria-geral do Dnit.

O cargo ocupado pelo irmão do senador Magno Malta é do grupo de Direção e Assessoramento Superior 4 (DAS 4), cujo salário é de R$ 6,8 mil. Acima dessa função estão os cargos de DAS 5 e 6, com salários respectivos de R$ 8,9 mil e R$ 11,1 mil. A nomeação para o Dnit é a única de Maurício Malta no exercício de um cargo comissionado no Executivo federal.

O Correio tentou ouvir o chefe da assessoria parlamentar sobre o exercício da função no Dnit e sobre a indicação feita por seu irmão para o cargo. A secretária de Maurício Malta disse que ele não estava em Brasília e, depois, não deu retorno à reportagem. A assessoria de imprensa do Dnit afirmou que Maurício "não quer falar". O senador Magno Malta também manteve uma postura reticente. Não quis falar com a reportagem sobre o assunto.

Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, Maurício é apenas um "terceiro escalão, sem influência, com mestrado em administração feito nos Estados Unidos". "A única coisa que ele faz (como chefe da assessoria parlamentar) é trazer documentos para os parlamentares", disse o senador, por meio da assessoria. Ainda segundo o órgão de comunicação, Maurício é pastor evangélico e tem uma agência de publicidade em Vitória. "Ele foi convidado por sua capacidade técnica."

A indicação de Geraldo Lourenço para a DIF seguiu a decisão da bancada do PR, conforme Malta. O diretor do Dnit tem o mesmo argumento. Ele sustenta que a indicação partiu do PR. Segundo Geraldo Lourenço, só quatro obras de contornos ferroviários, sob responsabilidade de sua diretoria, estão no Programa de Aceleração do Crescimento. "Duas paradas e duas em andamento."

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